Assistir ao trailer de Alice consolidou a impressão que eu já nutria de que o visual do filme seria de fazer cabeças explodirem.
Pois bem: assisti ao filme, cercado das mais altas expectativas. E, embora a versão de Alice de Tim Burton seja digna de ganhar o Oscar de direção de arte, a trama em si, o aspecto essencial de uma obra, me deixou decepcionada. O enredo não deslancha e o ritmo deixa a desejar. Não por culpa dos atores; o elenco todo, incluindo Mia Wasikowska no papel principal, Anne Hathaway (a Rainha Branca), Johnny Depp (o Chapeleiro Louco - ‘amoooo de paixão’), Helena Bonham-Carter (a Rainha de Copas) e as vozes de Stephen Fry (que dubla o Gato de Cheshire) e Alan Rickman (que faz a voz da Lagarta), está muito bem.
Pena que o roteiro, que misturou elementos de dois livros de Carroll ("Alice no País das Maravilhas" e sua continuação, "Alice no País do Espelho"), não ficou bem resolvido. Alice não está nem entre os melhores filmes de Burton (como a sua obra-prima, o conto de fadas pós-moderno Edward Mãos-de-Tesoura), nem entre os piores (vide Marte Ataca! ou o remake de O Planeta dos Macacos ‘odeio’). Mas confesso que eu provavelmente teria gostado mais de Alice se não tivesse ido ao cinema com tantas expectativas sobre o encontro de Disney, Burton e Carroll.
Johnny Depp - ele é incrível...
Em boa parte das dezenas de filmes em sua carreira, Johnny Depp interpretou personagens bizarros. Nada mais coerente para um jovem que viveu fora dos padrões convencionais desde pouco antes de seus pais se divorciaram, quando ele tinha 15 anos. Depp reconhece que se fechou, passando um bom tempo em seu quarto experimentando drogas e tocando guitarra. Esse instrumento ele tocou em público com o conjunto The Kids.
Já mais crescido, Johnny decidiu investir na profissão de ator. Passou a atuar na TV e logo ganhou popularidade nos episódios da série ''Anjos da Lei''. Chegou a ganhar 45 mil dólares por episódio, então um alto salário. No cinema, a estréia deu-se em 1984 na produção ''A Hora do Pesadelo''. Mas ele só se fez notar em seu terceiro filme, o premiado ''Platoon'', dois anos depois.
A sua característica de rebelde ganhou realce em "Cry-Baby", do ambíguo John Walters. O sucesso, porém, veio com ''Edward Mãos de Tesoura'', de Tim Burton, que lhe valeu o prêmio de melhor ator dado pela Associação dos Críticos de Londres.
Outros filmes importantes se seguiram. Caso de ''Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador'', sob a direção de Lasse Hallström, e vivendo o irmão mais velho e protetor de Leonardo DiCaprio, bem como o sensual "Don Juan DeMarco", quando ''enfrentou'' o mítico Marlon Brando. Os dois se deram tão bem que Brando aceitou fazer um papel no filme de estréia de Depp como diretor, o drama ''O Bravo''.
Mas além de ser notícia com prêmios (como um Cesar especial), elogios e honrarias, Depp também ganhou realce na mídia por conta de seus vários romances e de seu envolvimento com a polícia. Ele foi preso algumas vezes, uma delas sob suspeita de estar envolvido em assalto acontecido em 1989 em Vancouver, outra por ter destruído em 1994 parte do apartamento que ocupava em Nova York. Mais tarde, também foi detido sob a acusação de estar portando drogas. O seu nome ainda foi realçado quando River Phoenix morreu de overdose na porta do The Viper Room, o clube noturno de sua propriedade da Sunset Boulevard, em Los Angeles.
No terreno do amor, o ator esteve envolvido com as atrizes Jennifer Grey, Sherilyn Fenn, Winona Ryder e Vanessa Paradis, com quem, dizem, teve uma filha. Mas foi casado apenas com Lori Anne Allison entre 1983 e 1986.
Porém, apesar dos escândalos que o cercam, Depp mostra ousadia em aceitar personagens que outros intérpretes recusam por covardia. Caso do pior diretor de todos os tempos em ''Ed Wood'' ou a travesti Bom Bom em ''Antes do Anoitecer'', que ganhou prêmio de melhor filme no festival de Veneza.
Mesmo não tendo sido premiado, Johnny Depp provou para a indústria americana de cinema que seu talento vai muito além da aparente inconsequência que marcou sua juventude.
foto do filme Sweeney Todd: o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Depp foi duas vezes indicado para o Oscar de melhor ator: a primeira com o personagem Jack Sparrow em ''Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra'' e em seguida fazendo o papel do criador de Peter Pan no drama ''Em Busca da Terra do Nunca''.
Tá suuper suspeita pra falar dele... Adoro tudo q ele faz.. Ele é um super ator, assisto sempre todos, mesmo as produções não tão boas assim.
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